Marque sua opção. Grandes,
amendoados, puxados. Iguaizinhos ou com uma discreta e charmosa assimetria.
Azuis, castanhos, verdes, negros. Esse questionário é bem capaz de revelar a preferência
nacional. Mas é inaceitável que a estética decida sozinha o que é lindo. Não
fossem os olhos as janelas da alma. Sendo janelas, com dois lados como nas
lindas cores do compositor baiano. E se janelas, transparentes.
Gentes têm personalidade, bichos têm
caráter, plantas têm viço, até objetos inanimados têm presença na paisagem. Mais
que forma, cor, simetria, configuração, os olhos têm o olhar. Olhares parecem
alegres, felizes, irônicos, matreiros, provocantes, penetrantes, tristes,
melancólicos.
Olhares são mais que olhos. Através de janelas,
olhares veem de ambos os lados. Do que vê e do que é visto. O que vê se revela.
Quem é visto sente o impacto do olhar.
O pesquisador suiço, aos setenta e
tres anos, passou grande parte da vida examinando olhos. E, quando não tem que
escrever relatórios formais ou ministrar conferências científicas, sabe que em
olhos há mais do que apenas forma e função. Há poesia. E a poesia dos olhares mútuos
explica os lindos olhos.
Rafael Linden
* O
conferencista foi Walter Gehring e, se quiser entender a dificuldade de
Darwin, veja o link http://darwiniana.org/eyes.htm
Ainda bem que não se explica a linda mulher, que dirá de seus olhos, pois é esse doce mistério que nos mata de alegria. Devemos proteger esses anjos para que alimentem nossa imaginação, nossa diversão e nossa felicidade.
ResponderExcluirNada melhor que a poesia para proteger nossos mais caros mistérios. né?
ExcluirOlá Rafael.
ResponderExcluirSua postagem foi divulgada no Agregador Teia, espero lhe enviar muitos novos amigos!
Até mais
Valeu!
ExcluirE parabéns pelo agregador, há preciosidades lá.
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