Às favas a modéstia! Faz bem à autoestima acreditar que, da gentil leitora ao leitor rabugento, nosso
numerosíssimo fã-clube padecia de saudade do vosso cronista predileto. Perdoai-nos,
queridíssima(o)s leitora(e)s, por quase um ano de afastamento, mergulhados que
estivemos na azáfama que se tornou avassaladora neste malfadado 2017. Os mais
afoitos se agitam na cadeira, demandando explicações e escusas. Debalde. Vamos
ao que interessa.
Sim, senhora, o assunto é aquele
mesmo lá de cima. E, malgrado a desconfiança de que este que vos escreve perdeu
definitivamente a compostura, mais uma vez não é nada daquilo que vocês estão
pensando. Estamos em plena semana Natalina e o peru no caso é a ave. Já a
fúrcula, que leva o Juquinha às gargalhadas, nada mais é do que o “ossinho do
peito, ou da sorte”, formado pela fusão das duas clavículas, a qual, ao fim do tradicional
banquete serve de pretexto para uma batalha épica. Dois contendores puxam, cada
um para um lado, as hastes da forquilha devidamente despida de qualquer resto de
saborosa carne. Quando o osso se parte, a família entusiasmada proclama
vencedor quem fica com o pedaço maior, tido como símbolo de boa sorte. A
Internet, impiedosa, acrescenta a nosso inesgotável cabedal de cultura inútil
a preciosa informação de que, além das aves, também exibiam fúrculas os dinossauros
terópodes, que incluiam os temidos Tyranossauros. Taí, eu gostaria de ver dois
cidadãos batalhando para ver quem fica com o pedaço maior da fúrcula de um
Tyranossauro, depois de uma lauta refeição.
Não deixa de ser irônico que a
palavra “fúrcula” seja o diminutivo de furca,
que em Latim significa forca. Essa última dificilmente se quebrava quando algum
incauto se via condenado a balouçar ao vento pendurado por uma corda no pescoço.
Vai ver a rapaziada achou que quebrar a fúrcula é um gesto simbólico, capaz de
nos livrar de enforcamentos físicos ou metafóricos. Faz sentido. Provavelmente
não é verdade. Afinal, pouca coisa que existe atualmente por aí faz sentido, e
vice-versa.
Nesta altura, a simpática leitora boceja
e se pergunta por que razão teria dado uma olhadinha neste texto que,
aparentemente, não vai a lugar algum. Assim, para aliviar o sofrimento dos
fidelíssimos frequentadores deste espaço que, doravante, ressurgirá com a
incomparável elegância de sempre, daremos fim a esta crônica, cujo único
objetivo foi servir de pretexto para falar de peru e desejar, a todos e todas
que tiveram paciência suficiente para chegar até aqui, um Feliz Natal.
Daqui do telhado, promessa é dívida. Voltaremos em breve!
Rafael Linden
Ótima Rafa! Aproveito para desejar-lhe boas festas. Quanto ao ANO NOVO, saúde e muitas festas, pois o demais vai a seguir tudo dantes como no quartel de Abrantes. Beijo
ResponderExcluirTudo de bom para você também, caríssimo!
ExcluirHa ha ha! Feliz Natal! Bjs!!
ResponderExcluirA gentil leitora apareceu! :-)
ExcluirBeijos
Finalmente de volta. Estava saudosa! Bj
ResponderExcluirEu também!
ExcluirBeijos!
Ora viva, já não era sem tempo.
ResponderExcluirEsperamos muitas novas crônicas (e agudas também) em 2018.
Abraços.
Alvíssaras, quem é vivo sempre aparece (lá ou cá)! Prazer em rele-lo, caríssimo amigo, obrigado pela visita. Abraços a todos por aí.
ExcluirCaro Rafa.Q bom q vc está de volta com seu humor e leveza na escrita.Isso faz falta.Eu e sua priminha Taninha estamos com saudade dos bons papos.Saúde para todos.Leão Zagury
ResponderExcluirObrigado! Visita ilustre!...quanto aos papos, estamos providenciando.
ExcluirRafael,
ResponderExcluirQue bom que retornaste. Terei novamente uma leitura agradável nos finais de semana.
Vera
Obrigado,Vera. Volte sempre!
ExcluirR
Meu querido Rafa, que bom ter de volta a visão do telhado. Estava sentindo falta!
ResponderExcluirEspero que Hanukah e Natal tenham sido muito felizes e alegres, e desejo o mesmo para o Ano Novo!
Até breve, espero...
[x] Doris
Obrigado, Doris.
ExcluirTodas as telhas quebradas devidamente substituidas, lá estaremos de volta.
2018 com tudo de bom!
Bjs